Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - CGTP-IN

20170428CelCatA greve de hoje, com um nível de adesão superior a 90 por cento, confirmou a firmeza dos trabalhadores da General Cable CelCat na luta por aumentos salariais justos (4%, com um mínimo de 40 euros), bem como em defesa das demais propostas apresentadas na revisão do Acordo de Empresa.
28.4.2017


Durante a manhã, o piquete de greve e outros trabalhadores concentraram-se à porta da empresa, em Morelena (Sintra). Com eles estiveram o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, e o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva.

Para o SIESI, esta é a resposta dos trabalhadores à insistência da direcção da CelCat na rejeição de todas as propostas apresentadas pela Comissão Negociadora Sindical - incluindo as que não têm impacto financeiro.

O sindicato realça que com a luta organizada e em unidade será possível vencer a «indisponibilidade e incapacidade» que a empresa alegou para tal posição.

O SIESI apela a que os trabalhadores da CelCat que façam do 1.º de Maio uma jornada de luta pela valorização do trabalho e dos trabalhadores, participando na manifestação da CGTP-IN em Lisboa, no Martim Moniz, às 15h00.

Quem quer a CelCat enganar?

A greve foi decidida em plenários realizados no dia 20.

Uma semana antes, tinha sido entregue à direcção da empresa um abaixo-assinado, no qual se fundamenta as reivindicações e os motivos da luta dos trabalhadores. Nele se afirma, nomeadamente:

«Durante mais de três anos fomos confrontados, por parte da direcção, com o argumento de não ser possível o aumento dos salários, devido ao facto da conjuntura económica ser desfavorável e que a empresa estaria a passar por sérias dificuldades financeiras, sendo impossível o aumento dos salários. Os pequenos aumentos que tivemos nem fizeram face ao aumento do custo de vida.

O que sentimos é, de facto, uma grande injustiça, pois nos últimos três anos os custos que a empresa teve com o pessoal têm vindo a ser reduzidos (7,3% da despesa), incluindo as exorbitantes indemnizações do Administrador e financeiro que foram convidados a sair.

Ao mesmo tempo em que temos assistido à evolução positiva das vendas, não compreendemos como é possível produzir e vender anualmente muito mais e apresentar prejuízos sistemáticos. Quem é que a Direcção da CelCat quer enganar?

Nós apenas sabemos que, enquanto empobrecíamos todos os dias, trabalhando arduamente, a empresa vangloriava-se perante os seus accionistas sobre os seis mil milhões de dólares de lucros anuais (2016) obtidos, fruto da mais-valia criada pelos seus trabalhadores.

Enquanto lutávamos por aumentos justos de salários para todos os trabalhadores, a administração aumentava de forma discricionária os salários de alguns, que fazem parte da estrutura hierárquica da direção da empresa, mantendo a maioria sem qualquer tipo de aumento real.

Tendo em conta o já anunciado aumento de produção para o ano de 2017, por parte da direcção, e a actual conjuntura económica e financeira, mais favorável ao crescimento, os trabalhadores têm de ver os seus esforços reconhecidos com aumentos justos dos salários.»

Ver também:
- Proposta de revisão do AE
- SIESI sobre a greve de hoje

Algumas fotos durante a concentração

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