Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - CGTP-IN

20170814EtarAlcantara-greveA administração da Águas do Tejo Atlântico (AdTA, do grupo Águas de Portugal) tem um mês para responder à clara mensagem de luta que representou a forte adesão à greve de ontem, pela uniformização das condições de trabalho. Até 15 de Setembro os trabalhadores aguardam resposta positiva ao caderno reivindicativo.
15.8.2017



A Comissão Intersindical (SITE CSRA e STAL) da AdTA situou em 75 por cento o nível médio de adesão à paralisação de 24 horas no sector operativo, sendo praticamente total na ETAR de Lisboa (Alcântara) e no Oeste. Encerraram várias estações de tratatamento de águas residuais.

Não foram requeridos serviços mínimos pela empresa, mas os trabalhadores em luta garantiram resposta a qualquer situação urgente e grave, não ficando em risco a saúde pública nem o ambiente.

Durante a manhã, várias dezenas de trabalhadores concentraram-se à entrada da sede da AdTA, na ETAR de Alcântara. Ali decorreu um plenário, onde intervieram, entre outros, dois membros da Comissão Executiva da CGTP-IN: Rogério Silva, coordenador da Fiequimetal, e Joaquim Correia, presidente do STAL.

Ficou decidido estabelecer o dia 15 de Setembro como limite para que a administração responda positivamente ao caderno reivindicativo que lhe foi apresentado, com destaque para a exigência de uniformização dos valores dos subsídios de transporte, de refeição e de prevenção, e a reivindicação de atribuição do subsídio de turno aos trabalhadores que têm esta modalidade de horário.

No dia 20 de Setembro vai realizar-se um plenário geral de trabalhadores, para analisar a posição da empresa e, se necessário, decidir novas formas de prosseguir a luta, não ficando excluída a convocação de nova greve.

Trabalho igual

A AdTA foi criada pelo Decreto-Lei 34/2017, de 24 de Março. Deu-se então a reversão das agregações que neste sector foram impostas pelo governo PSD/CDS, em 2015.

A nova empresa tem cerca de 360 trabalhadores e assegura a gestão e exploração do sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da Grande Lisboa e Oeste (concelhos de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cascais, Lisboa, Loures, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Oeiras, Peniche, Rio Maior, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira). Até 2015 estes concelhos estavam incluídos em três sistemas multimunicipais, geridos pelas empresas Águas do Oeste, Sanest e Simtejo, com diferentes instrumentos de regulamentação colectiva do trabalho.

Com as alterações ocorridas nestes anos, ganhou força a exigência de que seja cumprido o princípio de que trabalho igual deve ter iguais condições de remuneração e outras.

Ver também:
- Algumas fotos da concentração na sede da AdTA
- Greve e concentração na Águas do Tejo Atlântico (12.8.2017)
- CT da EPAL solidária com greve na AdTA (9.8.2017)
- Marcada greve na Águas do Tejo Atlântico (31.7.2017)

 

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