A CGTP-IN condenou o bárbaro assassinato de um alto responsável militar do Irão, considerando que este atentado se insere na política de terrorismo de Estado dos EUA e notando que ele foi perpetrado no Iraque, sem autorização do respectivo governo e violando a sua soberania e o Direito Internacional.
14.1.2020
Numa nota divulgada ontem, a confederação afirmou que este ataque militar insere-se numa acção crescentemente provocatória, de desestabilização e agressão dos EUA e Israel no Médio Oriente, desenvolvida a partir de uma rede de bases e armas sem paralelo na região e no mundo, visando particularmente o Irão, mas também a Síria, o Líbano e a perpetuação da ocupação da Palestina.
A CGTP-IN denunciou as consequências que estas acções têm sobre as condições de trabalho e de vida dos trabalhadores desta região e de todo o mundo - o desvio de recursos para o militarismo e a escalada armamentista; o aumento da exploração do trabalho, das injustiças e das desigualdades; o cerceamento da liberdade e de direitos sociais e outros direitos democráticos -, bem como o estímulo que tais actos dão aos sectores políticos e sociais mais reaccionários e obscurantistas.
A pressão dos EUA para envolver a NATO e a sua política belicista com vista a promover a guerra, a destruição, a miséria e a rapina dos recursos naturais destes países, em benefício dos interesses norte-americanos, confirmam a necessidade de que todos quantos se batem pela paz e contra a guerra intensifiquem a luta contra o imperialismo e pela extinção da NATO.
Em consonância com o estipulado na Constituição da República Portuguesa, a CGTP-IN exigiu do Governo português que condene este crime e acto de guerra, e que promova as medidas necessárias à imediata retirada das forças militares portuguesas do Iraque, cuja presença, como este crime demonstra, nada tem que ver com a defesa do interesse e segurança nacionais, mas antes com uma acção de apoio e cumplicidade com os EUA e os seus interesses na região.
Ver também
- Nota publicada no site da CGTP-IN