Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - CGTP-IN

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20170914Autoeuropa-arquivoAs associações patronais exigem um plano específico de apoio à indústria automóvel. Mas, afinal, pretendem o mesmo de sempre: acautelar os prejuízos da emergência sanitária e garantir lucros ainda maiores, aumentando a exploração dos trabalhadores e obtendo dinheiro da Segurança Social - acusa a Fiequimetal.
1.4.2020

 

Num comunicado que começa hoje a ser distribuído aos trabalhadores das empresas do sector automóvel, a federação recorda que este sector, nos anos mais recentes tem ostentado grande pujança, em número de empresas, em volume de negócios e respectivo crescimento, no volume de emprego e no peso relevante que tem no PIB e nas exportações.

O «apoio» agora exigido é mais do mesmo! Durante décadas as empresas acumularam lucros colossais e agora, ainda o problema está no início, e já estão a abrir a boca, como tubarões, para que o País alimente a sua existência.

Os trabalhadores e os seus representantes, nas várias empresas do sector, vão continuar a resistir às intenções patronais de atacar e reduzir os direitos de quem trabalha, garante a federação.

 

Que medidas pretendem?

Recentemente, em comunicado conjunto, as associações patronais ACAP, AFIA, Anecra e ARAN vieram exigir ao Governo a criação de um plano específico de apoio ao sector automóvel, com um alegado duplo objectivo: minimizar o grave impacto da COVID-19 nas empresas e garantir que estas mantenham a sua competitividade, logo que se verifique a retoma gradual da economia.

Esta pretensão patronal, como se refere no comunicado da Fiequimetal, assenta essencialmente em duas vertentes:

• Ainda maiores facilidades para as empresas do sector acederem ao lay-off, poupando à custa dos trabalhadores e da Segurança Social;

• A possibilidade de as empresas disporem das férias dos trabalhadores a seu bel-prazer.

 

 

Ver também

- Comunicado da Fiequimetal aos trabalhadores das empresas do sector automóvel

- Contra a pilhagem patronal no sector automóvel (19.3.2020)

... e ainda

- Comunicado conjunto das associações patronais (18.3.2020)

20200331 AFIA indcompautomoveis- Exportações de componentes automóveis batem "recorde absoluto" em 2019 (Lusa, in Observador, 17.2.2020)

- «A produção automóvel, em Portugal, representa um volume de negócios de 16 mil milhões de euros, 71 mil empregos directos e cerca de 600 empresas a montante do processo de fabrico.» (ACAP, 11.2.2020)

- Indústria de componentes para automóveis (AFIA, Fev. 2020)

- Sector automóvel em Portugal vale 10 mil milhões de euros (Jornal Económico, 15.1.2018)

- Sector automóvel vale 5,9% do PIB e emprega 72 mil pessoas (DN, 18.1.2018)

- Componentes automóveis ultrapassam barreira dos 10 mil milhões (Jornal Económico, 18.1.2018)

 

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