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20200403Palestina arquivoOs trabalhadores e o povo da Palestina continuam a ter os seus territórios ocupados, assim como continua o ataque às suas vidas pelas forças sionistas de Israel, agora ampliado pelo perigo da pandemia COVID-19, alertou a CGTP-IN, numa nota que assinalou o «Dia da Terra».
3.4.2020

 

Assinalou-se a 30 de Março, pelo povo palestiniano e por todos os que com ele são solidários, o «Dia da Terra», recordando os acontecimentos de 1976, quando Israel reprimiu brutalmente um grande movimento popular contra a expropriação das suas terras.

Passaram, também a 30 de Março, 2 anos desde o início da «grande marcha do retorno», igualmente reprimida pelas forças de ocupação, que mantém nas suas prisões milhares de palestinianos em condições desumanas.
Volvidos 44 anos, o povo palestiniano mantém a sua luta e acção contra a ocupação do seu território, brutalmente reprimido pelo estado de Israel.

A CGTP-IN denuncia que a ocupação foi ainda intensificada depois de anunciado o “acordo do século” pela administração norte-americana, visando a anexação da totalidade dos territórios palestinos.

 

Declarada a pandemia

Com a justificação da pandemia de COVID-19, e a exemplo do que fizeram outros países, Israel decidiu encerrar vários sectores de actividade, mas deixou bem patente o seu carácter terrorista e genocida, ao colocar sem trabalho, sem direitos laborais e sem qualquer protecção social milhares de trabalhadores palestinianos, numa clara violação dos direitos laborais e dos mais elementares direitos humanos.

Os restantes continuam dia e noite nos seus postos de trabalho, em condições miseráveis, expostos a acrescidos factores de risco, sem garantia de protecção da sua saúde e da sua vida.

Esta situação agrava ainda mais as condições destes trabalhadores, que, como descrevem os relatórios da OIT, trabalham em condições «difíceis, arbitrárias e humilhantes».

São ainda colocadas aos palestinianos restrições de circulação, agora intensificadas, e os bloqueios impostos por Israel, o que agrava a situação humanitária e económica nos territórios palestinos.

A pandemia agrava mais a situação - já de si grave - nos campos de refugiados, a braços com a diminuição de orçamento da Agência da ONU para os refugiados.

A CGTP-IN alerta para o potencial catastrófico da situação em Gaza, território ao qual foi imposto o agravamento do bloqueio, acrescendo às consequências de 13 anos de bombardeamentos e agressões, e recorda que, antes mesmo da pandemia, a ONU considerava o suporte de vida humana existente como sendo «insuportável».

A CGTP-IN condena veementemente esta atitude criminosa, por parte do estado de Israel, e os brutais ataques perpetrados contra os trabalhadores e o povo palestinianos, exigindo o respeito pelo direito à saúde, à proteção social e ao emprego.

Na nota de 30 de Março, Dia da Terra, a CGTP-IN saudou calorosa e fraternalmente os trabalhadores e povo da Palestina, assim como as suas organizações representativas, que continuam a resistir heroicamente à ocupação, à violência e ao racismo do regime sionista, lutando pelo seu inalienável direito à constituição do seu Estado independente e soberano.

A confederação reafirmou a sua profunda solidariedade à luta do povo palestiniano pela paz e a soberania e pelo seu direito, internacionalmente reconhecido, a constituir o seu Estado livre e independente, com as fronteiras de 1967 e com capital em Jerusalém Oriental.

 

Ver também
- Nota publicada pela CGTP-IN a 30 de Março

 

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