20230310EDP callcenters e lojas Os trabalhadores das lojas e centros de contacto da EDP, contratados através de empresas «prestadoras de serviços», aderiram em força à greve e à concentração em Lisboa, no dia 10, e conseguiram um primeiro compromisso da empresa pela qual dão a voz e a cara todos os dias.
12.3.2023


A forte adesão à greve, organizada pela Fiequimetal e os seus sindicatos neste sector (SIESI, SITE Norte, SITE Centro-Norte e SITE CSRA), resultou no encerramento de praticamente todas as lojas da EDP, de norte a sul do País, e provocou forte perturbação nos centros de contacto de Lisboa.

Foi também muito participada a concentração realizada, ao fim da manhã, em Lisboa, junto da sede da EDP, com a presença de trabalhadores de vários locais de trabalho.

Nesta acção de luta — a segunda que teve lugar no âmbito do roteiro nacional promovido pela Fiequimetal, sob o lema «Também somos EDP» —, foi divulgado que a EDP, através do seu Gabinete de Relações Laborais, assumiu o compromisso de, no prazo de duas semanas, agendar uma reunião para discutir a melhoria das condições de vida e de trabalho dos mais de três mil trabalhadores que estão nesta situação.

 

Aplicação do ACT da EDP

Os trabalhadores das «prestadoras de serviços» exigem os salários e direitos que decorrem da aplicação do Acordo Colectivo de Trabalho da EDP.

O Grupo EDP registou 1170 milhões de euros de lucros, em 2022, a somar aos milhões alcançados nos anos anteriores. Recorre há cerca de três décadas à contratação (e até subcontratação) de empresas externas, para assegurar serviços essenciais, como as lojas da EDP Comercial, da SU e da E-Redes e os centros de contacto (call centers), como forma de excluir os trabalhadores do vínculo e da aplicação do ACT.

Esta importante concentração, que foi um ponto alto na prolongada e persistente luta dos trabalhadores, contou com a presença e as intervenções da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, e dos coordenadores da Fiequimetal (Rogério Silva), do SIESI (Luís Santos), do SITE Norte (Miguel Ângelo) e da Interjovem (Dinis Lourenço), entre outros.

Desde o início do roteiro «Também somos EDP», a 18 de Janeiro, no Porto, os sindicatos têm recebido manifestações de apoio e confiança dos trabalhadores, em especial, através do aumento da sindicalização. Esta é uma condição essencial para o reforço da unidade e da força para a obtenção de resultados no presente processo reivindicativo.   

 

Algumas imagens da luta no dia 10

 

Ver também
Só com luta se pode vencer precariedade no Grupo EDP (podcast, 7.3.2023)
Dia 10 no Grupo EDP há greve nas lojas e nos call-centers (5.3.2023)
Começou roteiro nacional contra precariedade na EDP (22.1.2023)