Álvaro António Branco, trabalhador da Metalúrgica Duarte Ferreira (MDF), com destacado papel nos órgãos e na actividade dos sindicatos e da federação, especialmente nos sectores da metalurgia, naval e das minas, faleceu este sábado, aos 84 anos. O funeral realiza-se amanhã, às 11h30, no Tramagal (na Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, Rua Dr. António Ferreira Bairrão).
2.10.2023
Álvaro Branco foi um lutador antifascista e empenhado defensor das causas e dos interesses dos trabalhadores.
Assumiu responsabilidades destacadas, desde antes do 25 de Abril, nas direcções dos sindicatos dos Metalúrgicos de Santarém e das federações dos Sindicatos da Metalurgia, Metalomecânica e Minas (FMSMMMP) e Fequimetal. Antes de se reformar, ainda integrou a Direcção Nacional da Fiequimetal.
Desempenhou um papel de grande relevo na luta e nas negociações pelo contrato colectivo de trabalho da metalurgia, antes e depois do 25 de Abril. A propósito de um momento dessas negociações, declarou na televisão que «Nada nem ninguém vergará os metalúrgicos!», afirmação que teve grande impacto entre os trabalhadores e nos sindicatos.
Durante vários anos teve responsabilidades no acompanhamento da acção sindical na indústria naval e na indústria mineira (em particular, na Mina da Panasqueira).
Na foto (abraçando José Alberto Ribeiro, dirigente dos Metalúrgicos do Norte), vemos Álvaro Branco na manifestação nacional da CGTP-IN «Mudar de Rumo», em 13 de Março de 2009, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Com o seu exemplo e a sua determinação, Álvaro Branco está entre aqueles que inspiram e animam o prosseguimento do combate sindical nos dias de hoje. Pela contratação colectiva e pelos seus direitos, os trabalhadores dos sectores abrangidos pelos sindicatos da Fiequimetal saberão prosseguir a luta e dar continuidade ao legado do camarada Álvaro Branco.
Ver também
— Dos arquivos da RTP (1975)
— Na luta dos trabalhadores credores da MDF: Notícia no JN e notícia no DN