Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - CGTP-IN

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20240229EDP 24JanOs resultados do Grupo EDP em 2023, que ultrapassam os 1300 milhões de euros, são fruto do trabalho de todos aqueles que diariamente dão o melhor, no desempenho das suas funções nas empresas do grupo, e que a administração continua a não querer valorizar.
1.3.2024

 

A EDP juntou-se ontem à GALP, como empresa dos milhões, que ano após ano bate recordes de lucros, a bem dos accionistas.

Os lucros agora conhecidos dão razão à Fiequimetal, aos sindicatos e aos trabalhadores, quando reivindicam 15% ou 170 euros de aumento de salário, para todos, e quando exigem a subida de duas BR (bases de remuneração), para quem é abrangido pelo Acordo Colectivo de Trabalho de 2014, e de uma BR, para aqueles a quem se aplica o ACT de 2000, bem como a atribuição de anuidades a todos os trabalhadores que as não têm.

Também ontem, a Administração da EDP deu por encerradas as negociações da carta reivindicativa, sem nenhum avanço na correcção de injustiças e na valorização das profissões e da experiência adquirida. Em três dias de reuniões com os sindicatos (de dia 27 até ontem, 29), o esforço dos representantes patronais foi dirigido contra a greve e não para a busca de soluções.

 

Descontentamento faz-se luta

Atrás da imponência dos lucros, existe uma realidade que não é possível esconder, por muita propaganda que a Administração faça: há um profundo descontentamento de diversos grupos profissionais, desde as áreas técnicas aos quadros, devido ao não reconhecimento profissional.

Este descontentamento é a principal causa da greve ao trabalho extraordinário, que decorre desde 1 de Dezembro, com forte impacto, e ficou bem patente na grande concen­tração realizada no dia 24 de Janeiro, junto da sede da EDP.

Com motivos acrescidos, os trabalhadores iniciaram ontem uma nova forma de luta, podendo a greve acontecer também durante o período normal de trabalho, conforme decisão a tomar em cada empresa.

A Administração da EDP é a responsável pela existência de um conflito laboral que só tende a agravar-se, pela ausência de respostas patronais com sentido de justiça e que valorizem os salários e as carreiras dos trabalhadores — aqueles que são o principal motor dos lucros milionários e dos fartos dividendos que, ano após ano, são oferecidos aos accionistas.

 

Ver também
Nota à comunicação social, com contacto para declarações
Pré-aviso de greve de 29-02 a 31-03-2024
Indicações para a greve (Fiequimetal)
Indicações para a greve (comissões sindicais e intersindicais)

 

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