Após a greve na TK Elevadores cabe à administração chamar

A administração da TK Elevadores, que poderia ter evitado a greve de dia 14, deve agora accionar o botão de chamada e, em reunião para o efeito, apresentar uma contraproposta que responda às justas reivindicações dos trabalhadores.
18.2.2025

A administração não pode ignorar o facto de que, na passada sexta-feira, a quase totalidade dos trabalhadores da TK Evadores cumpriu um dia greve, com grande expressão. Muitos deles participaram nas concentrações realizadas no exterior das delegações, de norte a sul e nas ilhas.

Nas concentrações no Porto (Maia) e em Lisboa (Sintra Business Parque) participaram, entre outros dirigentes sindicais, Tiago Oliveira (secretário-geral da CGTP-IN, na foto acima), Rogério Silva (coordenador da Fiequimetal), Manuel Bravo (do Secretariado da Fiequimetal) e Andrea Araújo (da Comissão Executiva da CGTP-IN).

Poderiam ter evitado

Só se pode responsabilizar a administração pela realização da greve, pois não assumiu uma postura que evitasse o conflito.

Para tal, bastaria ter apresentado propostas que elevem para outro patamar os salários dos trabalhadores.

Bastaria ter demonstrado que tenciona parar o abuso no recurso às novas tecnologias de informação e comunicação para controlo dos trabalhadores.

Bastaria ter garantido a adopção de processos de trabalho que previnam acidentes e doenças profissionais.

Bastaria cumprir o pagamento do tempo de deslocação, conforme resulta da decisão do Tribunal Europeu.

Nada disto foi feito pela administração.

A melhor resposta

Perante as pressões inqualificáveis exercidas por responsáveis da administração, para procurarem reduzir a adesão à greve, os trabalhadores deram a melhor resposta: foram ao combate, em unidade e com determinação.

Este é mais um facto que a administração deve ter em conta, ao decidir os seus próximos passos.

Ver também

— A greve na TK Elevadores - SIC, Notícias da Manhã