O patrão da Transucatas pediu e obteve ajuda da GNR de Paio Pires, para evitar acção sindical no Parque Ecológico industrial. Antes, um dirigente do SITE Sul foi fotografado e repreendido pela entidade patronal por ter estado ali com os trabalhadores. O sindicato explica o que certamente não agradou ao patrão.
1.6.2015
Nas instalações da Transucatas há várias empresas, todas do mesmo dono e com a mesma gestão, que se dedicam à valorização de todo o tipo de resíduos, refere-se num comunicado hoje divulgado pelo SITE Sul. Os trabalhadores, apesar de não terem contratos de trabalho de multi-empregadores ou de cedência ocasional, prestam serviço para todas as empresas do Parque Ecológico e por isso, é entendimento geral que aquele espaço é o local de trabalho de todos os trabalhadores do grupo Transucatas (PEi).
Um delegado e dirigente sindical, na passada quinta-feira, dia 28 de Maio, com prévia e atempada comunicação à empresa, exerceu actividade sindical no seu local de trabalho e, no âmbito da sua actividade sindical, percorreu as instalações e contactou os trabalhadores. Ouviu os trabalhadores e viu vários problemas com que estes se defrontam, nomeadamente:
- não actualização dos salários,
- não aplicação da contratação colectiva,
- entrega tardia dos recibos,
- pagamento incorrecto do trabalho suplementar,
- troca de horas suplementares por horas de falta,
- teste de alcoolemia sem regras
- e uma enorme falta de condições de segurança e saúde no trabalho.
Não intimida
Quando o dirigente tinha terminado a sua actividade e se dirigia para a portaria, foi confrontado pela entidade patronal, que lhe tirou várias fotografias com o seu telemóvel e, utilizando modos nada próprios, próximos da agressão física, transmitindo-lhe que não podia exercer actividade sindical nas outras empresas, comunicou ao serviço da portaria que chamasse a GNR para o identificar.
O sindicato tomou conhecimento da situação que outro dirigente constatou. Telefonou também para a GNR e a resposta da autoridade foi que tinha de fazer o pedido por escrito.
Concluindo que a GNR só intervém com um pedido por escrito, foi decidido não o fazer. O dirigente e trabalhador da Transucatas saiu da empresa e foi para outra tarefa sindical.
No dia seguinte, ao chegar à empresa, constatou que a GNR afinal estivera ali. Pelos vistos, comenta o SITE Sul, para corresponder ao pedido da entidade patronal bastou um telefonema.
Face aos problemas detectados, o sindicato informa que já enviou comunicação à ACT, para uma acção inspectiva na área da segurança e saúde no trabalho, e reitera que vai dar todo o apoio ao dirigente sindical, para continuar a desenvolver a sua actividade sindical na empresa.
Ver também:
- Comunicado do SITE Sul
- Sobre a Transucatas...



Documento da CGTP-IN
