A administração da Beralt Tin and Wolfram Portugal (a empresa que detém a concessão e que no final de 2015 foi adquirida à japonesa Sojitz pelo grupo canadiano Almonty) evoluiu na sua resposta às reivindicações dos trabalhadores das minas da Panasqueira, e foi possível chegar a acordo, depois de demonstrada a unidade e a determinação de avançar para a luta, sob a forma de greve, no âmbito da Quinzena de Acção e Luta da Fiequimetal, informou o STIM.
27.2.2017
O sindicato, num comunicado aos trabalhadores, refere que a posição patronal mudou, após a realização de várias reuniões com a administração e de plenários, em especial aqueles (como o da foto, a 10 de Fevereiro) onde foi aprovada a decisão de realizar greves de duas horas no início de cada turno, no período de 27 de Fevereiro a 4 de Março.
No dia 24, em resultado da luta desenvolvida e perante a determinação dos trabalhadores para lhe dar continuidade, foi possível chegar a um acordo, entre o STIM e a administração, nos seguintes termos:
- A administração abandonou a sua proposta de horários concentrados;
- Os salários são actualizados em 1,5%, com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 (se a inflação de 2017 for superior, a diferença será reposta com retroactivos);
- Os subsídios de alimentação passam para 8,80 euros (mais 0,20 euros), para os trabalhadores de subterrâneo, e para 7,17 euros (mais 0,30 euros), para os trabalhadores da superfície;
- São instituídos dois feriados obrigatórios, a partir de 2017, inclusive: Carnaval e dia de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros (4 de Dezembro);
- É instituído um prémio de produção, no valor de 5,50 euros por cada tonelada de concentrado produzida acima das 80 toneladas, com retroactivos a 1 de Janeiro (no mês de Janeiro, cada trabalhador tem direito a 77 euros).
Ver também:
- Comunicado do STIM