Os trabalhadores da ADP Fertilizantes cumpriram ontem o segundo dia de greve, dando mais força à exigência de aumentos salariais justos, que contribuam para recuperar o poder de compra perdido nos últimos anos e garantir uma valorização real dos salários.
14.6.2024
A recuperação do poder de compra e a valorização dos salários (que, na sua grande maioria, estão abaixo do salário médio nacional, 1463 euros) são os principais objectivos da Proposta Reivindicativa aprovada pelos trabalhadores.
O primeiro dia de greve, de duas horas por turno, teve lugar no dia 6. Na véspera, numa reunião com a comissão negociadora da Fiequimetal (SITE CSRA e SITE Sul), a administração não deu o passo que faltava para chegar a acordo: mais 40 euros nos salários abaixo de 2000 euros.
Apesar da pressão e das várias manobras de desinformação, por parte da gestão, os trabalhadores deram uma resposta de unidade e de força nesse primeiro dia de greve, com uma grande participação.
As greves em seis semanas consecutivas, à quinta-feira (dias 6, 13, 20 e 27 de Junho e 4 e 11 de Julho), foram decididas em plenários, a 28 de Maio.
No dia 23, a administração tinha comunicado que mantinha a sua posição (apenas 4,7 por cento de aumento salarial anual), rejeitando as reivindicações de aumentos de oito por cento, ou mais 40 euros, nos salários abaixo de 2000 euros, e de retribuição do trabalho por turnos pela tabela 9B.
Este último ponto acabou por ser aceite pela administração, mas ficou a faltar o mais importante.
Em plenário, no dia 12, os trabalhadores decidiram concretizar a greve no dia 13, tal como nas semanas seguintes, até a administração vir ao encontro dos valores reivindicados.
Os sindicatos lembram os bons resultados da empresa, nos últimos anos, e os lucros extraordinários alcançados em 2021 e 2022.
Ver também
— Comunicado de 13.6.2024
— Nota de imprensa de 3.6.2024, com contactos para declarações
— Comunicado de 29.5.2024
— Pré-aviso de greve



Documento da CGTP-IN
