Na primeira reunião de negociação do contrato colectivo de trabalho do sector automóvel foi possível discutir 15 cláusulas. Houve acordo integral em algumas matérias, acordo parcial noutras e remissão de alguns conteúdos para discussão posterior. Ficou acordado o calendário de reuniões para o primeiro semestre de 2016.
28.12.2015
Num comunicado que emitiu após aquela reunião, realizada a 16 de Dezembro, a comissão negociadora sindical liderada pela Fiequimetal lembra que a proposta patronal, constituindo uma base negocial, é globalmente desfavorável aos trabalhadores, razão pela qual estes a rejeitaram nas várias reuniões e plenários onde foi analisada.
Da discussão realizada, resultou a elaboração e apresentação da contraproposta sindical, o que formalizou a criação de condições para a retoma das negociações. A federação afirma que tudo fará para que se alcance um acordo que salvaguarde os direitos e os interesses dos trabalhadores e que constitua um factor de progresso das relações laborais no sector automóvel.
As propostas são realistas, ajustadas às necessidades dos trabalhadores e do próprio sector e, por isso mesmo, possíveis de concretizar.
Mas, para isso, é necessário que os trabalhadores reforcem a posição da comissão negociadora sindical, tomando nas suas mãos a defesa da proposta em negociação, designadamente:
- Apresentando cadernos reivindicativos nas empresas que, para além do aumento salarial, incluam as matérias que constam da proposta sindical;
- Denunciando os objectivos patronais e os prejuízos que resultariam para os trabalhadores se as propostas patronais fossem concretizadas;
- Responsabilizando cada entidade patronal pelas posições tomadas pela sua associação;
- Reforçando a organização dos sindicatos e prosseguindo a luta de todos os trabalhadores pela defesa dos direitos, por melhores condições de vida e de trabalho, por um futuro melhor.
Ver também:
- Comunicado aos trabalhadores das empresas do sector automóvel
- Patrões do automóvel atacam o contrato (14.7.2015)
Documento da CGTP-IN
