Os bons resultados da EDP têm de reflectir-se na remuneração dos trabalhadores, exige a Fiequimetal, que na proposta de revisão salarial para 2015 defende uma actualização global de três por cento, com garantia de que ninguém será aumentado menos de 30 euros.
5.12.2014
A proposta sindical foi enviada depois de os sindicatos da Fiequimetal terem promovido a sua discussão, em plenários realizados no mês de Novembro, nos quais foi aprovada pelos trabalhadores.
Agora a administração da EDP, em conformidade com o previsto no Acordo Colectivo de Trabalho, deverá marcar a abertura de negociações, que deverá ocorrer no princípio de 2015.
A Fiequimetal, como se refere no comunicado que está em distribuição, defende uma revisão justa para os trabalhadores, que tenha em devida conta os já conhecidos bons resultados parciais do Grupo EDP, que registou lucros de 794 milhões de euros só no 1º semestre de 2014. Tendo como comparação o período homólogo de 2013, espera-se que o fecho do exercício confirme a tendência de crescimento, num valor igual ou superior a oito por cento.
A proposta sindical fundamenta-se nas perdas dos trabalhadores registadas no conjunto dos três últimos anos (2012, 2013 e 2014): aumento de preços no consumo de 6,03%, actualização dos salários de 4,6 por cento, verificando-se, portanto, uma perda de 1,43 por cento. Além disso, os ganhos de produtividade deverão ter uma repercussão de 1,57 por cento no valor dos salários de 2015.
Para compensar o menor impacto da actualização percentual nos salários mais baixos dos novos trabalhadores, a Fiequimetal propõe que seja garantido um valor mínimo, nos casos em que a aplicação da percentagem represente um valor inferior a 30 euros.
Ver também:
- Informação aos trabalhadores das empresas do Grupo EDP