A Renault Portugal comunicou no dia 2 que pretende promover um despedimento colectivo de 34 trabalhadores e fechar o armazém de peças em Fetais, alegando motivos estruturais e de mercado. No dia seguinte começou a reunir com cada um daqueles 34, sem realizar as negociações prévias previstas na lei.
5.5.2016
Na sequência de um plenário de trabalhadores, realizado ontem em Fetais (Loures), o SITE CSRA pediu uma reunião de urgência com a administração da Renaul Portugal, notando que, num documento do próprio Groupe Renault sobre «optimização do esquema de distribuição de peças e acessórios», está referida uma fase de «consulta e troca de ideias com os representantes dos assalariados», a decorrer «no período de 3 a 20 de Maio de 2016».
O projecto, de nível ibérico (colocando a Renault Portugal a depender de um armazém da congénere espanhola, em Torres de la Alameda, nos arredores de Madrid), tinha já sido criticado pelo Comité Europeu de Empresa, a 29 de Abril. Esta estrutura representativa dos trabalhadores da multinacional francesa criticou, nomeadamente, a «precipitação» com que este dossier estava a ser tratado.
No dia 2 de Maio, a intenção da empresa foi comunicada à Comissão Sindical do SITE CSRA.
O sindicato contactou imediatamente a DGERT (Ministério do Trabalho) e vai apresentar este caso também ao ministro da Economia e aos grupos parlamentares.
Os 34 trabalhadores a despedir (28 postos de trabalho eliminados no armazém de Fetais e seis que resultarão de um «reorganização» de departamentos e direcções) representam mais de um terço do pessoal da Renault Portugal.



Documento da CGTP-IN
