Representantes dos trabalhadores organizados no SITE Norte concentraram-se ontem, ao início da tarde, frente à Endutex, em Vilarinho (Santo Tirso), declarando solidariedade à luta pela reposição dos feriados de Carnaval e municipal, que a empresa este ano retirou. Nesta acção, integrada na Semana Nacional de Reivindicação, Esclarecimento e Luta que a CGTP-IN está a promover, participou o secretário-geral da central.
27.9.2016
Além de Arménio Carlos, na concentração estiveram os membros da Comissão Executiva da CGTP-IN, João Torres e Tiago Oliveira (coordenador da União dos Sindicatos do Porto).
Numa resolução distribuída durante o protesto, explica-se que em 2016, ano em que os trabalhadores viram repostos os quatro feriados, suspensos desde 2012, pelo governo PSD/CDS, a administração da Endutex decidiu impedir o gozo do Carnaval e do feriado municipal. Para o SITE Norte e os dirigentes e delegados sindicais que se reuniram frente à Endutex, esta decisão desrespeita um uso que constitui direito dos trabalhadores e revela uma atitude de prepotência e desprezo pela lei.
Os trabalhadores da Endutex já contestaram o corte dos feriados e reclamaram a sua reposição, num abaixo-assinado entregue à administração. A indiferença patronal é reveladora de falta de consideração e mesmo falta de respeito pelos trabalhadores.
A retirada destes dois feriados ainda menos se justifica, perante os resultados líquidos da empresa nos últimos anos: 4,645 milhões de euros em 2013; 4,983 milhões em 2014; e 6,544 milhões em 2015.
Aos mais de 100 activistas juntaram-se pessoas que vivem e trabalham nas imediações desta empresa de produtos têxteis técnicos, enquadrada no sector químico.
Afirmou-se com determinação que a democracia não pode ficar à porta e que os patrões têm de aceitar a contratação colectiva como um instrumento de desenvolvimento. E defendeu-se que os direitos têm de ser respeitado e os feriados roubados pela empresa têm de ser devolvidos.
A precariedade também existe na Endutex e, também aqui, é uma forma de assédio moral sobre os trabalhadores.
A iniciativa serviu ainda para realçar o objectivo e necessidade da petição que a CGTP-IN está a promover em defesa da contratação colectiva.
Uma delegação sindical pretendeu entregar a resolução à administração, mas, em mais uma demonstração de prepotência, esta recusou-se recebê-la.
Ver também:
- Resolução
- Vídeo publicado pela USP/CGTP-IN
Algumas fotos da concentração
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