A direcção da Fiequimetal emitiu uma nota à comunicação social a repudiar de forma veemente o facto de a Unidade de Intervenção da GNR estar a interferir na greve em curso na Sociedade Mineira de Neves-Corvo, colocando-se do lado patronal e contra a luta dos mineiros.
7.11.2017
Trata-se de uma inaceitável interferência, que tem como propósito limitar o normal funcionamento do piquete de greve, afirma-se na nota. Mas o recurso à força policial é também revelador de uma postura antidemocrática da Administração da Somincor e da multinacional Lundin Mining.
É importante assinalar que a administração da Somincor não é dona das minas de Neves-Corvo, mas apenas concessionária da sua exploração, e tem compromissos assumidos com o Estado português. O Estado, por sua vez, não pode tornar-se cúmplice de uma postura condenável.
Os mineiros contribuem com o seu árduo trabalho para a riqueza nacional e para os lucros da multinacional. São trabalhadores e não podem ser tratados como criminosos.
Os mineiros estão a exercer um direito inscrito na Constituição da República Portuguesa! A greve foi decidida pelos trabalhadores da Somincor, organizados no seu sindicato, cumprindo todas as exigências legais e em defesa de reivindicações justas.
Apesar de todas as pressões e manobras e do sacrifício que requer dos trabalhadores, a greve continua a ter uma adesão muito forte e merece a solidariedade de todos os trabalhadores dos nossos sectores de actividade.
Ver também:
- Nota à comunicação social, com contacto para declarações
- Greve forte na Somincor interpela Governo dia 10 (7.11.2017)