As organizações representativas dos trabalhadores vão hoje decidir os próximos passos da luta pelo pagamento dos salários em atraso na Soares da Costa. Na sexta-feira, a administração adiou à última hora uma reunião que fora confirmada no dia anterior, quando uma centena de trabalhadores realizou a terceira deslocação a Lisboa.
8.8.2016
No dia 4, quinta-feira, os trabalhadores, vindos de Vila Nova de Gaia e do Porto, começaram por concentrar-se junto do Ministério da Economia, na Praça Luís de Camões, ao final da manhã. Uma delegação foi recebida por um adjunto do ministro, insistindo na reclamação de uma intervenção urgente do Governo para que os salários em dívida sejam pagos e para que o futuro da empresa e dos postos de trabalho seja assegurado.
Cerca das 15 horas, realizou-se nova concentração, na Rua Soeiro Pereira Gomes, junto à delegação da Soares da Costa, onde teve lugar uma reunião de representantes dos trabalhadores com um administrador. Este informou que estava prevista uma reunião, no dia seguinte, que seria determinante para a resposta da empresa sobre o pagamento dos salários e a própria viabilidade da construtora. Ficou confirmada, para o início da tarde de sexta-feira, a reunião acertada há mais de uma semana com a Comissão de Trabalhadores e os sindicatos (Sindicato da Construção do Norte e Viana e SITE Norte). Esta reunião foi desmarcada pela administração pouco antes da hora agendada, quando a delegação já se encontrava em Lisboa.
Durante o dia de hoje, as organizações representativas deverão tomar decisões, sabendo-se que continuam a agravar-se situações muito difíceis e mesmo dramáticas, porque passou mais um mês sem pagamento de salários e também não foram pagos subsídios de férias. Cerca de 400 trabalhadores em Portugal, Angola e Moçambique, estão sem receber salários há cinco ou dez meses.
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