A associação patronal Groquifar protela a negociação da revisão salarial e ameaça direitos dos trabalhadores há muito consagrados no contrato colectivo de trabalho do comércio grossista de produtos farmacêuticos e veterinários.
Os trabalhadores vão resistir à chantagem.
2.4.2015
Na última reunião, como se refere num comunicado que os sindicatos da Fiequimetal estão a distribuir aos trabalhadores, os representantes patronais optaram pela chantagem, ameaçando condicionar o acordo sobre revisão salarial à aceitação das suas propostas.
Querem, por exemplo:
- introduzir a «mobilidade funcional» (polivalência), subvertendo as categorias profissionais e as funções a elas associadas, para que os trabalhadores sejam obrigados a desempenhar funções que não constam na sua categoria;
- eliminar a Cláusula 25ª, que regula o trabalho em dias de descanso semanal ou feriados, para que os trabalhadores passem a ter que trabalhar sempre que a entidade patronal entenda, incluindo sábados, domingos e feriados;
- eliminar os limites ao regime de isenção de horário, para que as empresas possam obrigar os trabalhadores a prestarem mais de 10 horas de trabalho diário.
Para a Fiequimetal, o que o patronato pretende é aumentar ainda mais os seus lucros à custa da desvalorização do trabalho e do sacrifício dos trabalhadores.
A Comissão Negociadora Sindical (Fiequimetal) não só deixou clara a sua oposição a estes objectivos, como apresentou uma proposta à qual a Groquifar, na reunião de Fevereiro, se comprometeu a responder. Ainda não o fez.
No comunicado, aponta-se o caminho do reforço da organização e da luta nas empresas e locais de trabalho, para defender o contrato colectivo de trabalho.
Ver também:
- Comunicado aos trabalhadores, incluindo proposta salarial sindical